Flamengo vence Atlético-PR e se isola na liderança do grupo na Libertadores
O Flamengo conquistou uma importante vitória na Libertadores, na noite desta quarta-feira, no Maracanã. O Rubro-Negro carioca venceu o Atlético-PR por 2 a 1 e assumiu a liderança do Grupo 4. Guerrero e Diego chamaram a responsabilidade e decidiram a favor dos donos da casa, diante de um bom público. Nikão descontou no segundo tempo, dando esperanças para o Furacão, mas o empate não foi possível.
O Flamengo jogou bem na maior parte do tempo e teve lampejos que lembraram o time do Brasileiro de 2016, com trocas de passes envolventes.
O jogo começou debaixo de muita chuva, com o Flamengo sendo empurrado pela sua torcida. Aos seis minutos, Trauco lançou Guerrero entre os dois zagueiros do Atlético-PR. O peruano livrou-se da marcação, chutou em cima do goleiro, mas mostrou raça e ganhou a disputa de bola no rebote, cabeceando para o fundo da rede.
O Maracanã explodiu de alegria com o primeiro gol e sacudiu novamente nove minutos depois. Arão foi à linha de fundo, na direita, e cruzou para o meio da área. Diego recebeu a bola limpa e fez o que dele se espera: a diferença. O meia não vacilou e chutou com categoria, no ângulo esquerdo de Weverton, que ficou sem ação: 2 a 0.
Lutando para esboçar reação, o Atlético-PR chegou com perigo em poucas ocasiões. Do outro lado, o Rubro-Negro carioca queria mais. Diego acertou uma bomba no travessão aos 26. O lance tirou o tradicional 'uhhh' da galera. Depois, os donos da casa passaram a trocar muitos passes, valorizando a posse de bola, até o intervalo.
O segundo tempo começou um pouco mais devagar do que a primeira etapa. No entanto, não faltou emoção. Assim como no início da partida, o Atlético-PR tinha muitas dificuldades para encontrar espaços na defesa do Fla. No entanto, aos 13 minutos, os visitantes finalmente encaixaram uma boa jogada e descontaram. Lucho González lançou para Douglas Coutinho, que cruzou da ponta direita para a área, onde Nikão só empurrou para o gol vazio.
Como esperado, o Atlético-PR se animou para buscar o empate e pressionou o Flamengo. A saída de Diego - por causa de uma contusão - causou ainda mais apreensão entre os mandantes. A torcida da casa, então, fez sua parte, cantou alto e incentivou o time da Gávea para segurar a vitória. Nos minutos finais, o Furacão ainda teve um gol anulado por impedimento.

FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 2 X 1 ATLÉTICO-PR
Data/hora: 12/04/2017, às 21h45
Local: Maracanã
Árbitro: Wilson Lamourox (COL)
Auxiliares: Wilmar Navarro (COL) e Dionisio Ruiz (COL)
Cartões amarelos: Deivid (ATP); Donatti e Pará (FLA)
Público e renda: 53.389 pagantes / 58.588 presentes / R$ 3.336.297,50
Gols: Guerrero, 6'/1°T (1-0); Diego, 15'/1°T (2-0); Nikão, 13'/2°T (2-1)
FLAMENGO: Alex Muralha, Pará (Cuéllar, 42'/2°T), Réver, Donatti e Renê; Márcio Araújo, Arão e Diego (Matheus Sávio, 21'/2°T); Trauco, Gabriel (Cirino, 26'/2°T) e Guerrero. Técnico: Zé Ricardo.
ATLÉTICO-PR: Weverton; Jonathan, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Deivid (Luiz Otávio, 25'/2°T), Rossetto e Lucho (João Pedro, 29'/2°T); Coutinho, Nikão e Eduardo da Silva (Grafite, 11'/2°T). Técnico: Paulo Autuori.
Com gol aos 54 do segundo tempo, Palmeiras vence Peñarol de virada
O Palmeiras nesta Copa Libertadores tem sido um time do apagar das luzes, do último respiro. Após ganhar na estreia em casa com um gol aos 50 minutos do segundo tempo, a equipe foi ainda mais tardia nesta quarta-feira (12). O gol da vitória por 3 a 2 sobre o Peñarol, no Allianz Parque, saiu aos 54 minutos da etapa final.
O herói do jogo épico foi Fabiano. O lateral está longe de ser o mais festejado pela torcida e marcou apenas o segundo gol pelo clube. O outro tem ainda mais peso histórico, pois foi o do título brasileiro do ano passado, contra a Chapecoense. Agora, o resultado positivo coloca a equipe como líder do Grupo 5 da competição, com sete pontos.
A torcida do Palmeiras aos poucos se acostuma com a tensão inerente aos jogos da Libertadores. Se na rodada anterior, contra o Jorge Wilstermann, o gol também veio nos acréscimos, diante do Peñarol viu o time perder muitos gols e novamente ter o resultado sob suspense até quase depois dos acréscimos. Pelo menos de luta, não se pode reclamar.

O técnico Eduardo Baptista repetiu pela primeira vez a formação do Palmeiras no ano. A escalação foi a mesma usada contra o Novorizontino, na última sexta-feira, mas os jogadores fizeram uma partida bem diferente, principalmente em termos de comportamento. Chegar ao gol do Peñarol significava ter de contornar a marcação, fugir das faltas e desviar de carrinhos.
Dudu era o mais capacitado para essa dura travessia. Sozinho, porém, era apenas um solitário alviverde contra pelo menos dois marcadores a cada jogada. Os uruguaios jogavam ao seu estilo, ao ganharem o máximo de tempo possível com o jogo parado e brigarem o quanto podiam nas divididas.
O preço dessa entrega saiu barato para o Peñarol no primeiro tempo. Ter recebido três cartões amarelos pelas várias faltas cometidas é quase nada diante do imenso lucro da vitória parcial. Um escanteio terminou com o gol de cabeça do zagueiro Arias, aos 31 minutos.
A desvantagem desorganizou o Palmeiras. Por pouco o Peñarol não fez 2 a 0. Fernando Prass salvou e deu a possibilidade de o intervalo e a conversa no vestiário salvarem o trágico resultado da etapa inicial.
A oportunidade bastou para o jogo mudar. O segundo tempo foi uma jornada tão diferente que em cinco minutos a história era outra. Willian empatou no primeiro minuto, Dudu virou aos cinco. Borja ainda teve um pênalti para ampliar, aos nove. O chute foi para fora.
Para conseguir essa reviravolta o Palmeiras imprimiu um ritmo forte. A equipe voltou disposta a conseguir a virada de qualquer jeito, com uma velocidade impressionante capaz de fazer o Peñarol apanhar na bola e em pouco tempo tudo o que havia batido até então.
Apesar da reação, o jogo não estava resolvido. O Peñarol continuou a ameaçar nas jogadas aéreas. Para a angústia da torcida, novamente o grito do terceiro gol ficou abafado. A defesa uruguaia tirou em cima da linha um chute de Tchê Tchê. A punição veio na sequência, quando uma falta cobrada até a área rendeu o empate aos 30 minutos, com Gastón Rodríguez.
A angústia piorou porque logo na sequência outra chance incrível foi perdida. Willian driblou o goleiro e ao finalizar, chutou no travessão. Tudo isso deixou o resultado de empate como um tremendo prejuízo, capaz de irritar e causar a expulsão de Dudu, já nos acréscimos. Sorte que para o Palmeiras, o jogo demora para acabar.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 X 2 PEÑAROL
PALMEIRAS - Fernando Prass; Fabiano, Mina, Edu Dracena e Zé Roberto; Felipe Melo (Thiago Santos); Willian, Tchê Tchê, Guerra (Keno) e Dudu; Borja (Michel Bastos). Técnico: Eduardo Baptista.
PEÑAROL - Guruceaga; Petryk, Quintana, Ramón Arías e Hernández; Novick (Gastón Rodríguez), Pereira, Nandez e Cristian Rodríguez; Junior Arias (Ángel Rodríguez) e Affonso (Perg). Técnico: Leonardo Ramos
GOLS - Ramon Arias, aos 31 minutos do primeiro tempo. Willian, a 1, Dudu, aos 5, Gastón Rodríguez, aos 30, Fabiano, aos 54 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Roddy Zambrano (Equador)
CARTÕES AMARELOS - Felipe Melo, Mina (Palmeiras); Pereira, Affonso, Petryk, Rodríguez (Peñarol).
CARTÃO VERMELHO - Dudu (Palmeiras).
RENDA - R$ 2.582.842,67.
PÚBLICO - 38.483 torcedores.
LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo.
Texto: Daniel Charles.
Fotos: divulgação (internet).